02 de Abril - Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo
Fonte: Movimento Orgulho Autista Brasil
A Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu o dia 2 de
abril como o Dia Mundial da Consciência do Autismo. Mobilizou-se, assim, para mostrar ao
mundo que há pessoas um pouco diferentes das outras, mas que, na sua essência, são tão
humanas quanto todos.
Autismo é uma palavra desconhecida para muitos. Representa uma
gama de distúrbios que afetam três áreas do desenvolvimento da pessoa: a
comunicação, a socialização e o foco de interesses, mostrando comprometimento em graus
variados. Por isto, suas diversas manifestações são agrupadas dentro de um grupo
chamado Transtornos Globais do Desenvolvimento, ou espectro autista, para lembrar que sua
diversidade é como a das cores no arco-íris: desiguais, mas unidas na composição da luz
branca. Segundo a Organização Mundial de Saúde, de cada mil pessoas, seis são
afetadas por alguma forma de autismo, que pode variar do mais severo ao mais leve.
Embora seja costume afirmar que autistas vivem em seu próprio
mundo, na verdade são pessoas com uma forma diferente de sentir, perceber e se
relacionar com as demais pessoas, mas não constroem nem muito menos vivem num mundo
imaginário; ao contrário, esforçam-se para viver em nosso mundo, muitas vezes
não entendendo as complicadas normas sociais. Mesmo assim, algumas pessoas
autistas, enfrentando suas dificuldades e as barreiras que a sociedade lhes apresenta,
conseguem mesmo constituir família e ter uma vida profissional normal. Por outro lado, devido a suas dificuldades de comunicação e
relacionamento, a maioria acaba por ter um desempenho fraco na escola ou no trabalho.
Nos casos mais graves, devido à desinformação dos adultos, pais e profissionais da
Medicina e da Educação, a criança autista não consegue compreender o mundo em que
vivemos. Nesses casos, pode crescer frustrada e responder ao mundo com gritos e com
agressões; muitas vezes, se auto-agridem, machucam-se, para descarregar sua frustração em
não ser compreendido.
Outra questão a ser considerada é que a presença de uma pessoa
com autismo acaba afetando diretamente toda a família; em geral, um dos seus
membros acaba ficando com a função exclusiva de cuidar dela, sem poder inserir-se no
mercado de trabalho ou mesmo se dedicar a uma atividade econômica.
Muitas ações podem ser tomadas para dar qualidade à vida das
pessoas autistas e suas famílias. O primeiro passo é identificar o mais cedo possível
o autismo na criança. O papel do pediatra é fundamental, bem como do professor da
pré-escola, do pedagogo e das equipes da Estratégia de Saúde da Família (ESF). A partir
desse diagnóstico precoce, é preciso criar estratégias educacionais para superar as suas
dificuldades, de forma que ela consiga se relacionar com as outras pessoas e, assim, possa
aprender.
Sinais de Alerta para o Autismo:
Os principais comportamentos que caracterizam os sintomas de
autismo em um
indivíduo pode ser descritos como:
- Tendência para brincar sozinho (isolamento social).
- Resistência frente a mudanças na rotina.
- Prejuízo na imaginação, fantasia e criatividade.
- Movimentos repetitivos.
- Prejuízo nos contatos sociais.
- Manuseio de objetos de forma obsessiva.
- Resposta anormais às sensações.
- Comportamentos oscilantes e incoerentes.
- Ausência da noção de perigo ou medo de situações que são ofensivas.
- Coordenação motora irregular.
- Choro ou risada sem motivo ou inapropriado.
- Dificuldade em contatos visuais.
- Hiperatividade ou apatia.
- Dificuldade de aprendizagem pelos métodos tradicionais de ensino.
- Déficit no desenvolvimento da linguagem e fala.
- Dificuldades na compreensão da linguagem falada.
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